segunda-feira, 14 de junho de 2010

Planos de saúde terão reajuste de até 6,73%

RIO - A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou nesta sexta-feira o reajuste de até 6,73% para os planos de saúde que foram contratados a partir de janeiro de 1999, quando a lei que regulamenta a atuação dos planos de saúde entrou em vigor O aumento valerá para 7,4 milhões de consumidores individuais dos serviços das operadoras e poderá ser aplicado a partir de maio, de forma retroativa. No ano passado, a alta fora de 6,76%.

O cálculo para o reajuste parte da média dos aumentos aplicados para os planos coletivos e de empresas, que não obedecem ao índice estipulado pela agência. Com isso, o reajuste autorizado supera a inflação oficial do país. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em abril, acumulava alta de de 5,26% nos últimos 12 meses.

O impacto futuro dessa alta nos planos de saúde não ficará tão evidente na inflação, segundo o economista da Fundação Getulio Vargas (FGV), André Furtado Braz.

- Como o reajuste é quase igual ao de 2009, o impacto será o mesmo do ano passado, de 0,13 ponto percentual sobre o índice - explicou Braz.

Despesa pesa mais no orçamento dos idosos
Isso significa que, ao fim de 2010, a inflação ficará 0,13 ponto percentual mais alta com esse reajuste. O impacto é diluído pelos meses do ano.

- No IPCA, até maio, os planos de saúde registravam 0,5% de alta mensal. Esse percentual será mantido ao longo do ano.

Segundo a ANS, a operadora poderá aplicar o reajuste de forma retroativa até maio, mas somente na data do aniversário do contrato.

Por exemplo, quem contratou o serviço em novembro, só poderá ter sua mensalidade aumentada nesse mês específico.

Segundo André Braz, o peso maior dessa alta recairá sobre os mais velhos. Como essa despesa pesa mais no orçamento da terceira idade, o reajuste vai comer uma parcela maior da renda do idoso:

- Um jovem pode até prescindir do plano de saúde, mas o idoso, não.

A ANS informou que a nova lista de procedimentos que os planos são obrigados a cobrir a partir de 7 de junho não entra na conta do reajuste. Se houver reflexo, ficará para 2011.

No ano que vem, a forma de calcular os reajustes anuais de planos de saúde vai mudar. Uma câmara técnica, com representantes de consumidores, empresas e prestadores de serviço, reuniu-se no início do mês para começar as discussões sobre a nova fórmula. A ideia é tentar medir os custos do setor, e os índices poderão refletir a qualidade dos serviços oferecidos ao consumidor.


Fonte: Portal do Jornal O Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário