sexta-feira, 11 de junho de 2010

Plano de saúde ruim pode ter aumentos menores

Novas regras dos planos de saúde devem levar em conta a eficiência das empresas

O plano de saúde de má qualidade pode ter limitados seus índices de aumentos de valores para o cliente. A medida, que ainda está em debate na ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), só deve entrar em vigor em 2011.

O diretor de Normas e Habilitação de Produtos, Alfredo Cardoso, afirmou que a agência estuda uma alternativa “baseada na eficiência” para os reajustes dos planos.
Durante debate nesta semana, os diretores da agência, entre eles o diretor-presidente da Mauricio Ceschin, destacaram a necessidade de criar um índice diversificado que contemple a heterogeneidade do mercado e que, principalmente, esteja associado à qualidade dos serviços oferecidos ao consumidor.

A ideia é que aquelas empresas com bom atendimento e bons serviços prestados aos pacientes sejam avaliadas e, com base em uma nota, possam ter um valor maior de aumento nos custos.

Por outro lado, as operadoras de planos mal classificadas pela ANS deveriam dar aumentos menores. Na opinião dos diretores, isso faria com que essas companhias melhorassem seus serviços.

Mais exames e consultas

Desde a última segunda-feira (7), as operadoras de planos são obrigadas a bancar 73 novos exames médicos e odontológicos, além de ampliar o número de consultas com psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.

A nova cobertura vai beneficiar cerca de 44 milhões de usuário de planos. Os serviços deverão constar em todos os planos de saúde contratados a partir do dia 2 de janeiro de 1999, data em que o setor passou a ser regulamentado pela ANS.

Estimativa da Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo), entidade que responde pelas empresas que têm hospitais próprios, aponta que os planos de saúde deverão ficar 11% mais caros por causa da nova cobertura.

Apesar de o aumento estar previsto só para o ano que vem, algumas operadoras já estão "antecipando" o reajuste, afirma o presidente da Abramge, Arlindo de Almeida.

- As empresas serão obrigadas a oferecer os 70 novos procedimentos imediatamente, só que o repasse só virá no ano que vem. Não existe isso! É como você levar uma televisão da loja de graça e pagar só depois. Por isso, algumas operadoras já estão aplicando entre 12% e 15% nos novos contratos. Elas estão tentando antecipar o impacto do novo rol.


Fonte: Portal R7

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