A inflação mensurada pelo IGP-M (Índice Geral de Preços -- Mercado), usado como referência na maioria dos contratos de aluguel, subiu 0,85% em junho, ante alta de 1,19% em maio, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).
No ano, a variação foi de 5,68%, enquanto nos últimos 12 meses foi de 5,17%.
O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) apresentou alta de 1,09%, ante elevação de 1,49% em maio. O índice relativo aos bens finais teve variação negativa de 0,42%, em junho, taxa idêntica à de maio. Contribuíram para a manutenção da taxa os movimentos em sentidos opostos dos subgrupos alimentos processados (de -1,93% para -2,48%), e bens de investimento (de 0,26% para 1,13%). Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de bens finais (ex) registrou variação de -0,48%. Em maio, a taxa foi de -0,41%.
O índice referente ao grupo bens intermediários variou 0,80%, ante 0,58% em maio. O subgrupo materiais e componentes para a manufatura -- o maior responsável pela alta do grupo-- passou de 0,57% para 0,78%. O índice de bens intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,78%, ante 0,64% em maio.
No estágio inicial da produção, o índice de matérias-primas brutas variou 3,67%, em junho, queda em relação ao mês anterior cujo índice foi de de 5,83%. Os itens minério de ferro (49,76% para 23,05%), cana-de-açúcar (0,95% para -3,42%) e leite in natura (6,04% para 1,66%) foram os principais responsáveis pela desaceleração do grupo. Ao mesmo tempo, registraram acelerações itens como: laranja (-15,21% para 7,05%), café (em grão) (-2,51% para 3,04%) e milho (em grão) (0,28% para 3,00%).
O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) variou -0,18%, em junho, ante 0,49% em maio.
Cinco das sete classes de despesa componentes do índice registraram recuo em suas taxas de variação. O principal recuo da taxa do índice veio do grupo alimentação (0,56% para -1,36%). Neste grupo, as maiores contribuições partiram dos itens: hortaliças e legumes (-1,95% para -8,21%), laticínios (2,74% para -0,86%), arroz e feijão (6,78% para 0,40%) e carnes bovinas (1,99% para -0,11%).
Os grupos habitação (0,60% para 0,40%), saúde e cuidados pessoais (0,80% para 0,46%), educação, leitura e recreação (0,24% para 0,10%) e transportes (-0,11% para -0,17%) também registraram desaceleração. Destaque para os itens: empregados domésticos (1,52% para 0,46%), medicamentos em geral (2,57% para 0,30%), show musical (0,85% para -5,29%) e álcool combustível (-4,98% para -6,35%), respectivamente.
No grupo apresentaram aceleração os componentes vestuário (0,81% para 0,93%) e despesas diversas (0,39% para 0,44%).
O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) registrou, em junho, variação de 1,77%, acima do resultado do mês anterior, de 0,93%.
O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
Fonte: Folha de SP
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