Pesquisa do Idec aponta as dificuldades que o consumidor enfrenta para contratar um plano de telefonia fixa. As empresas oferecem opções para diferentes perfis de consumo, mas faltam informações essenciais para orientar a escolha.
Como o valor das tarifas telefônicas está nas alturas, cada vez mais consumidores pensam em mudar de plano. E com as novas regras de portabilidade, até mesmo de operadora. Mas diante das opções que o mercado oferece, fica difícil saber qual realmente vale a pena. Para ajudar nessa escolha o Idec pesquisou os planos das principais operadoras de telefonia fixa do país e comparou suas características e preços. Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e do Atlas Brasileiro de Telecomunicações de 2010 apontam que apenas duas grandes concessionárias detêm a maior parcela do mercado (86% em 2008) - a Oi e a Telefônica. Entre as autorizadas (cuja participação no mercado era de apenas 5,5% em 2008), a GVT e a NET/Embratel se destacam como as de maior penetração. Com base nesses dados, o Idec concentrou a pesquisa nas quatro empresas.
O que se constatou foi a enorme dificuldade para se obter informações claras e precisas na maioria das operadoras, e que a tão desejada concorrência, que deveria baixar os custos e melhorar a qualidade do serviço, ainda é inexpressiva ou mesmo inexistente em algumas regiões.
Para melhor conhecer os planos ofertados, os técnicos do Idec pesquisaram exaustivamente os sites das quatro empresas. O que chamou atenção foi a grande quantidade de planos existentes (com características muito diferentes), o que, aliado à ausência de informações claras, completas e ostensivas, tornou praticamente impossível a missão de compará-los. A alternativa foi delimitar o estudo àqueles que são compatíveis. Segundo a advogada Estela Guerrini, que coordenou a pesquisa, foi possível sentir na pele as dificuldades que o consumidor enfrenta. Para esclarecer dúvidas e até mesmo obter dados imprescindíveis, como os valores cobrados pelas ligações, foi preciso recorrer ao Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) das empresas, pois a maioria dos sites trazia informações incompletas ou confusas. "Com exceção do site da NET, onde encontramos todas as informações necessárias, os demais deixaram a desejar", aponta a advogada. Nos sites da GVT e da Telefônica faltaram informações e valores. Na página virtual da Oi a dificuldade foi ainda maior. A empresa oferece planos e valores que variam de um estado para outro, e em alguns deles há bem pouca informação. Nem o SAC ajudou. As atendentes insistiam em dizer que os valores das ligações DDD fixo e DDD celular estavam no site e que também poderiam ser obtidos pelo número 10331, selecionando a opção "outros serviços" no menu. "O problema é que o sistema não reconhece essa opção", conta Estela.
Fonte: IDEC
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