segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Cartões: lojistas já começam a repassar redução nos custos aos preços, diz CNDL

Após fim da exclusividade dos cartões, tendência é que preço final ao consumidor seja reduzido, afirma confederação

Após o fim da exclusividade no setor de cartões de crédito, muitos lojistas já conquistaram reduções no aluguel das máquinas que efetuam as transações. Segundo a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), os custos podem ser reduzidos em até 35%.

O presidente da entidade, Roque Pellizzaro Junior, afirma que há comerciantes que já começaram a repassar o diferença aos consumidores, diminuindo o preço final de seus produtos. “Conheço gente que já começou a aumentar sua competitividade de preços. Eles são dos setores mais variados, como calçados, vestuário, óticas e papelarias”, comentou.

Ele explica que o comércio está na fase de escolher qual credenciadora lhe oferece o melhor preço. "No médio e longo prazo, todos os preços dos produtos tendem a baixar", completou.

Com o fim do monopólio entre credenciadores e bandeiras, em vigor desde 1º de julho, uma mesma máquina pode realizar transações de qualquer cartão. A consequência disso é um aumento na concorrência entre as credenciadoras, que precisarão oferecer valores de taxas de aluguel e transação mais baixos para manter seus clientes lojistas.

Informação


Pellizzaro afirma que a CNDL tem trabalhado para alertar os comerciantes que ainda não renegociaram seus contratos com as credenciadoras de cartões de crédito a fazê-lo, pois, assim, poderão aumentar sua competitividade no setor onde atuam, por meio da redução dos preços ao consumidor final.

“Muitos (comerciantes) não perceberam ainda o poder de negociação que tem em mãos”, declarou Pellizzaro. “Outras não estão conseguindo negociar porque os call centers das credenciadoras estão congestionados. A recomendação é que eles registrem reclamação no Procon, porque nenhuma cobrança pode ser feita a partir da data em que o comerciante quis cancelar seu contrato e não conseguiu”.

Ele espera que a disseminação desse “poder de negociação” dos comerciantes continue em direção à maior redução nos custos dos lojistas e, por consequência, na redução dos preços ao consumidor.


Fonte: InfoMoney

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