A dívida média do brasileiro cresceu 24,3% na passagem de março para abril e atingiu a marca de R$ 5.214,78, de acordo com o IEF (Índice de Expectativa das Famílias), elaborado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), divulgado nesta quinta-feira (5). Em março, o brasileiro devedor estava com débitos de R$ 4.194,97 em média.
O IEF é uma pesquisa mensal realizada em 3.810 casas de 214 cidades de todos os Estados brasileiros.
A maior parte dos consumidores endividados tem débitos entre uma e duas vezes a sua renda mensal. Ou seja, se o brasileiro com dívidas ganha R$ 1.000, ele deve de R$ 1.000 a R$ 2.000. De acordo com o instituto, 21,3% dos devedores se encontram nessa faixa.
Outros 18,3% dos endividados têm débitos de mais de cinco vezes sua renda mensal. Se esse brasileiro ganha R$ 1.000, deve mais de R$ 5.000. Por outro lado, 18,9% dos consumidores têm débitos de até metade da sua renda mensal. De acordo com o exemplo, ele deve até R$ 500.
Durante as entrevistas, o Ipea também pede para o consumidor classificar o quanto está endividado. No Brasil, 51,5% da população afirmam não ter dívidas. No Centro-Oeste, 82,81% dos moradores afirmam não ter dívidas. Por outro lado, no Norte, somente 22,33% da população estão sem dívidas.
Por outro lado, 8,79% se classificaram como muito endividados; outros 18,56% disseram estar “mais ou menos endividados”; e, por fim, 20,94% acreditam estar pouco endividados.
Vai pagar?
Entre os brasileiros que disseram estar endividados em abril, 16,75% afirmaram que terão condições de pagar totalmente os débitos. Outros 41,19% vão pagar apenas parcialmente o que devem e 38,57% não terão condições de pagar.
O Norte encabeça a lista de regiões com maior percentual de pessoas que devem e não conseguirão honrar seus compromissos: 54,17% dos devedores se encaixam nesse perfil. Por outro lado, no Centro-Oeste, apenas 22,73% dos moradores não terão condição de pagar integralmente suas dívidas.
Fonte: R7
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